Renato Andrade - O Violeiro e o Grande Sertão (1984)
"A viola 'caipira' está em silêncio. Perdeu seu maior executante. Aquele que, entre poucos, brincava com sua fama de indomável. Em suas mãos a viola soluçava em lamentosos ponteados e ria como uma criança em mirabolantes acrobacias. A nossa tão vaidosa viola se rendia a seus caprichos e, domada por mãos experientes, sucumbia às suas brincadeiras. Mas não imaginem que foi fácil esse domínio. Custou muitas horas de sua vida, em dedicação exclusiva ao estudo do instrumento. Depois de muitos anos debruçado sobre seu corpo, sentindo-se preparado, dando adeus à sua querida Abaeté, lá foi ele pelo mundo a mostrar seu virtuosismo e a contar suas estórias. Tal qual o Fausto de Goethe, desafiou, no braço de sua viola, aqueles para quem nossa história, nossa gente e nossa música encontravam-se perdidas, esquecidas. Contou-me certa vez que dera 'certo' por ter ido para o lugar 'errado' (Rio de Janeiro), cidade onde não havia àquela época, espaço para a viola. A partir dali conheceu o mundo. A viola, até então instrumento típico do matuto, vestiu terno e gravata e arrebatou o grande público nos maiores teatros do país e exterior. (...)"
nada
Geraldo Vianna
Trecho de depoimento quando da morte de Renato Andrade, dezembro de 2005
fonte: site de Geraldo Vianna
nada
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1- Fogueiras
2- Cabaré do João Baixinho
3- Sinhô Violeiro
4- Canto da Inhuma
5- Quatragem
6- Idéias de Matuto
7- Tutaméia
8- A Viola e sua Origem
9- Noite de São João
10- Terno de Dançantes
11- O Demônio e a Donzela
12- Grande Sertão
13- O Lenhador
14- Juquinha meu Cumpadre
nada
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sábado, 27 de setembro de 2008
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